GT DA CRISE CWB

No dia 27 de maio de 2020, mais de 100 coletivos e entidades de Arte e Cultura da cidade de Curitiba protocolaram uma carta aberta ao Prefeito de Curitiba, Rafael Greca, com demandas urgentes para o setor cultural da cidade. Foram levantadas duas questões principais: renda básica aos trabalhadores da cultura e a liberação total dos recursos do Fundo Municipal de Cultura. Este fundo, que já deveria ter uma verba de R$14.272.000,00 (Quatorze Milhões, Duzentos e Setenta e Dois Mil reais), previsto e aprovado na LOA (Lei Orçamentária Anual),foi contingenciado pelo setor de finanças da prefeitura logo no início da pandemia, em março de 2019. O problema fundamental é que essa verba, que poderia ser investida em editais e prêmios que atendesse de forma mais abrangente possível o setor, é historicamente negligenciada todos os anos, por todas as gestões que passaram pela prefeitura. Ainda mais em um momento como esse, causou indignação em diversos segmentos da cultura da cidade que este recurso não seria liberado em sua integralidade não só para socorrer o setor, mas também ser um instrumento da recuperação econômica.

 Logo após a publicização da carta e a ampliação do manifesto nas redes sociais e na imprensa, o Coragem foi chamado para uma reunião no gabinete do Prefeito, que não compareceu. Mas a partir das reivindicações a prefeitura e a Fundação Cultural de Curitiba se mostraram favoráveis à ampliação do diálogo com a sociedade civil e, via Conselho Municipal de Cultural, decidiu por se criar um Grupo de Trabalho para discutir as questões levantadas na carta e a implementação da Lei Aldir Blanc na cidade.

Após a reunião, o Coragem retornou para os coletivos e entidades, que, em uma assembléia com a participação de praticamente todos os signatários da carta, escolheram os representantes deste movimento, que contaria ainda com representantes do poder público e do próprio Conselho. As reuniões semanais aconteceram de março à Julho de 2020, e a publicação das atas podem ser conferidas abaixo.

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